27 agosto 2009

sesquicentenário da ipb


Há exatos 150 anos aportou em nosso país o Rev. Ashbel Green Simonton, o pioneiro da Igreja Presbiteriana do Brasil. Muito embora a fundação da primeira igreja em solo brasileiro, na cidade do Rio de Janeiro, somente tenha ocorrido anos depois, a chegada do missionário simboliza o princípio do trabalho presbiteriano em nossas terras.
A IPB está em festa, realizando cultos e programações especiais em várias partes do país. Em Sergipe, centenas de pessoas superlotaram o Teatro Tobias Barreto para as comemorações do sesquicentenário. Em Salvador as festividades aconteceram no Centro de Convenções. Em São Paulo, mais de 10 mil pessoas estiveram presentes no Ginásio do Ibirapuera. Para atender a todos os participantes foi necessário colocar dois telões do lado de fora, para que o público que não pôde entrar também participasse do culto e ouvisse a mensagem do Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB.
Ontem, às 15h, as festividades prosseguiram na cidade do Rio de Janeiro, onde milhares de pessoas se reuniram para uma Grande Cruzada Nacional, realizada na Praça da Apoteose, na Rua Marquês de Sapucaí. O pregador foi o Rev. Hernandes Dias Lopes. O espaço conhecido por ser o templo do samba, por onde desfilam anualmente as principais escolas do país, transformou-se por algumas horas num local de culto e adoração ao Deus verdadeiro.
Nos últimos meses as Assembléias Legislativas dos Estados do Paraná, Pernambuco, Espírito Santo e Minas Gerais prestaram homenagens à IPB, em reconhecimento pelos seus relevantes serviços à nação brasileira. Uma sessão especial foi realizada no Congresso Nacional, com a presença de diversos parlamentares e autoridades eclesiásticas. Com isso vemos que a presença da IPB se faz sentir de maneira honrada em nossa sociedade, o que para nós é uma alegria, em tempos onde o Evangelho tem sido envergonhado por tantas lideranças.
As homenagens prosseguem até o final do ano. Em Brasília um grande culto deve acontecer no dia 24 de outubro, com local ainda a confirmar. Seria muito bom se a IPLN se fizesse representar por seus membros, agradecendo a Deus por Sua fidelidade nesses 150 anos de intenso trabalho.
Louvado seja Deus por nossa igreja. Que ela prossiga servindo a Deus lutando pela expansão do Reino.

21 agosto 2009

som do céu especial em bh


Foi muito legal. Rolou no Teatro da Biblioteca municipal, na Praça da Liberdade, em BH. Estivemos eu, Jorge Camargo, Carol Gualberto, Telo Borges e Catavento, comandados pelo Marcelo Gualberto. Dia 24 de agosto, em plena segunda-feira, foi a vez de Brasília, no Teatro Nacional. Depois vem Recife e São Paulo em novembro e São José dos Campos em dezembro. Mais informações no site http://www.mpc.org.br/.

nossa música brasileira

No feriadaço de 7 de setembro acontece a 3ª edição do Nossa Música Brasileira. Estaremos lá, mais uma vez, marcando presença nesse evento significativo. Mais informações no http://www.jovensdaverdade.com.br/.

nos trilhos de campinas e jaguariúna (sp)


Nos final desse agosto estaremos nos apresentando no projeto Brasis com Arte, em Campinas e Jaguariúna. Dia 28 de agosto, sexta, na Chácara Primavera, em Campinas; e no sábado, 29, no Teatro Dona Zenaide, em Jaguariúna. Povo de Sampa... apareça!!!

carlinhos e banda na fnac brasília


Foi um show super legal. A FNAC é uma das lojas mais conceituadas na área da informática/equipamentos de vídeo e áudio/livraria/CDs e DVDs. Eles têm um espaço destinado a apresentações de artistas e bandas. Muita gente de peso já pisou naquele palco, entre eles Lenine, Paulinho Moska, Jairzinho, Leila Pinheiro e por aí vai...

Tivemos o privilégio de fazer um som ali, nesse agosto de 2009. A resposta do público não poderia ser melhor. Quem foi, constatou... Quem não foi, tá convidado a aparecer na próxima.

Obrigado à Márcia Pacheco pelas excelentes fotos.

11 agosto 2009

06 agosto 2009

saudades de casa


A empresa britânica Today Translations produziu recentemente uma lista com as palavras mais difíceis do mundo para se traduzir, segundo a opinião de mil tradutores profissionais. A palavra em português “saudade” figurou na lista em sétimo lugar. A grande dificuldade é mais que um problema puramente técnico. É questão de entender um sentimento tão culturalmente abstrato e explicá-lo por meio da escrita.

Nessa tarefa, os bons dicionários estrangeiros precisam fazer malabarismo. Até mesmo os dicionários da língua portuguesa enfrentam problemas com o verbete. Para o Houaiss, saudade é um “sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável”. Apesar de todo o esforço, ainda falta algo.

Parece-me que a tradução de sentimentos, pela sua subjetividade, são mais discerníveis nas palavras de poetas. Tom Jobim e Vinícius de Morais cantaram: “chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz / não há beleza, é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai”. Djavan e Chico Buarque fizeram uma canção dizendo “Era tanta saudade / É, pra matar / Eu fiquei até doente / Eu fiquei até doente, menina / Se eu não mato a saudade / É, deixa estar”.

Mas, quem mais cantou a saudade foi o homem do campo, do interior: “Saudade palavra triste quando se perde um grande amor / na estrada longa da vida, eu vou chorando a minha dor” (Gimenez, Fortuna e Pinheirinho Jr.)... “A saudade nas noites de frio / em meu peito vazio irá se aninhar / A saudade mata a gente, morena, / A saudade é dor pungente, morena!” (Barro e Almeida) ... “A tua saudade corta / como aço de navaia / O coração fica aflito / bate uma, a outra faia / e os óio se enche d’água / que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai” (Vanzolini e Xandó). Patativa do Assaré, grande poeta popular, escreveu: “Saudade dentro do peito / É qual fogo de monturo / Por fora tudo perfeito, / Por dentro fazendo furo. / Há dor que mata a pessoa / Sem dó e sem piedade, / Porém não há dor que doa / Como a dor de uma saudade. / (...) A saudade é jardineira / Que planta em peito qualquer / Quando ela planta cegueira / No coração da mulher, / Fica tal qual a frieira / Quanto mais coça mais quer”.

Sentimos saudades da infância, dos pais, dos amigos, de momentos eternizados na memória. Mas, sem dúvida alguma uma saudade é mais forte. Talvez, para muitos, ela seja até indecifrável e, por isso, tratada como doença da alma. As fábricas já produzem remédios para abrandar essa saudade. Eu falo da saudade do Eterno, do Pai. Saudade de algo quem nem ainda aconteceu.

Deus quando cria o ser humano se relaciona com ele. Não o cria e o abandona no jardim. Não! Na viração do dia, o Senhor se encontrava com o homem e a mulher. E conversavam e o Senhor olhava para eles e compreendia os seus sentimentos como Pai amoroso. Mas, veio o pecado. O ser humano optou pela desobediência e uma separação traumática se deu. Um fosso surgiu entre o Deus Santo e o homem pecador. A alma foi dilacerada pela ausência do Pai. O ser humano sofreu e sofre a ausência do seu amado Senhor.

Alguns chamam essa lacuna no coração do homem de “vazio cósmico”. Outros de “vazio existencial”. Uma saudade não sei do quê, não sei de quem, uma incompletude que corrói, que angustia, que aflige. Digo, sem medo de errar: é saudade de Deus, saudade dos braços do Pai. Saudade de sentir bem perto o amor de quem nos criou e nos ama verdadeiramente. Poderemos fazer de tudo para tentar resolver esse vazio: paixões, amores por pessoas ou coisas; imersão total nos estudos ou no trabalho; desejar os bens e as riquezas, o poder e o prestígio – mas nada disso poderá preencher essa saudade do Eterno que está alojada dentro de todo ser humano. Saudade que clama, “tal qual frieira / quanto mais coça mais quer”.

Essa saudade será totalmente apagada quando voltarmos à casa do Pai, de onde viemos. E ouviremos da boca de Jesus, o nosso Redentor: “Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo” (Mateus 25.34). E a palavra saudade desaparecerá de todos os dicionários. Não mais existirá... em nenhuma língua!